Em parceria com o GeoHereditas, Museu de Geociências promove atividade para público infantil - Desbravando a “geologia da USP”: Meu mapa geológico

No último sábado, 29/02, crianças entre 9 e 14 anos foram as protagonistas de nova edição do Geociências em Foco em atividade dinâmica e cheia de adrenalina promovida pelo Museu de Geociências, em parceria com o GeoHereditas, intitulada: Desbravando a “geologia da USP”: Meu mapa geológico. A iniciativa foi liderada pelo geólogo e responsável pelo Setor Educativo, Ideval Souza Costa, junto à Chefe Técnica do Museu, Miriam Della Posta de Azevedo, contando com o auxílio de alunos-mediadores do curso de Licenciatura em Geociências e Educação Ambiental e Bacharelado de Geologia.

A proposta foi realizar uma simulação de estudo do meio em 4 afloramentos, localizados no entorno do Instituto de Geociências e Instituto de Química para, em seguida, desafiar os pequenos a colocar em prática todo conhecimento adquirido em sala de aula e confeccionar um mapa geológico, onde estaria registrado todo o processo experimentado no trabalho de campo. É importante frisar que existia apenas um afloramento natural, enquanto os outros três foram idealizados à parte com o intuito de abordar vários eventos geológicos, chegando até ao topo de um vulcão inativo (Instituto de Química).

Ideval orienta as crianças a preencherem corretamente o mapa geológico.
Geólogo apresenta o conceito e características de uma amostra de rocha.

Metodologia

Na abertura da atividade, o professor Ideval apresentou conceitos geológicos básicos através de um desenho na lousa intitulado; “Tudo ao mesmo tempo agora”. Com uma linguagem adequada ao público-alvo, ele explicou os principais temas abordados, como características dos 3 tipos de rochas (magmáticas, sedimentares e metamórficas), o respectivo ciclo de formação destas e alguns eventos geológicos, tais como, terremotos, vulcões, origem e formação dos fósseis, entre outros.

Em seguida, foram distribuídas pranchetas com o mapa da localidade por onde o grupo “viajaria” no campus, nas proximidades do Instituto de Geociências da USP. Antes da partida, foram fornecidas algumas dicas referentes à utilização da bússola visando demonstrar como uma pessoa pode se orientar espacialmente em um mapa projetado. A partir desta orientação, foi iniciada uma “viagem” aos afloramentos programados.

Caminhando pela USP, os geocientistas mirins aprenderam a se localizar geograficamente, encontrar afloramentos e identificar rochas e fósseis, sempre acompanhados e orientados pelos mediadores escalados. Os participantes também descobriram diversas curiosidades geológicas, coletaram as amostras fixadas previamente pelo geólogo nos lugares escolhidos (simulando um afloramento natural), retornando ao IGc para a conclusão das atividades.

Monitora auxilia as crianças durante o processo criativo de confecção dos mapas.
Participante encontra um fóssil do Araripe no final da atividade.

Objetivo da atividade

De acordo com a equipe organizadora, o foco da atividade foi proporcionar uma experiência lúdica e enriquecedora de difusão das geociências. “A ideia foi promover uma atividade divertida e, ao mesmo tempo, instrutiva, na qual as crianças pudessem estar em contato com as geociências de uma forma leve e dinâmica.

A oportunidade também nos possibilitou brincar, em alguns momentos, com a temática do tempo geológico e alguns processos correlatos, quando anunciamos, por exemplo, em um dado trecho, que poderíamos estar dentro de uma cratera de vulcão e em outro ponto em um mar, que existiu há milhões de anos, e deixou um acúmulo de fósseis de peixes. As crianças foram à loucura, foi gratificante e gostaríamos de repetir a experiência positiva!”, destacou o geólogo Ideval.

No encerramento, os participantes foram parabenizados pela criatividade na montagem e confecção dos mapas e cada um foi chamado lá na frente para a entrega dos mesmos e registro fotográfico.

Equipe do Museu, crianças e responsáveis reunidos após encerramento da atividade.