O objetivo central dos passeios virtuais é proporcionar uma visão analítica geral e descritiva da geodiversidade presente nos geossítios elencados. Além disso, incentiva a divulgação de temas fundamentais das geociências e o planejamento de ações mitigadoras para a manutenção da geodiversidade, evitando, por exemplo, prejuízos e destruição de afloramentos, e promoção de medidas de geoconservação e de educação ambiental.

“Estes produtos geoespaciais têm potencial para uso científico, turístico e de valorização do patrimônio geológico, a partir do reconhecimento de elementos da geodiversidade. E neste geossítio em particular, que integra o patrimônio geológico do estado de São Paulo e do litoral, não é diferente. Fundamentamos outros conceitos das geociências, que englobam feições e estruturas litológicas, entre outros assuntos, que auxiliam a compreensão da história evolutiva geológica e percepção de desafios atuais no âmbito da conservação da natureza”, destaca a professora da USP e coordenadora do NAP, Maria da Glória Motta Garcia​​.

O maior detalhamento geológico do geossítio foi feito por meio do trabalho da aluna de Graduação de Geologia, Karina Ibanez. “A importância desse trabalho se dá principalmente na caracterização geológica de um local que apresenta registros de uma longa história evolutiva gravada em suas feições estruturais e em suas rochas. Através de seu estudo, a sua relevância científica como parte do patrimônio geológico da região é valorizada. As feições estruturais e petrológicas, que refletem os processos de formação e quebra do Gondwana Ocidental, são marcantes e didáticas no geossítio,  e o uso de imagens de VANT como uma importante ferramenta geoespacial facilitou o entendimento e registro destes dados”, explica ela.