Alguns objetos arqueológicos são constituídos por materiais geológicos (pedra, mineral, cerâmica), havendo uma grande interface entre Geologia e Arqueologia.
Nosso objeto de estudo aqui é a cerâmica arqueológica encontrada em cerritos de índios nas planícies dos Pampas.
Cerritos são acúmulos de terra, construídos por índios no Holoceno, e geralmente estão associados a ambientes alagadiços.
Tecnologias aplicadas à confecção de cerâmicas estão entre os mais importantes indicativos do grau de complexidade de uma população. O utensílio cerâmico pronto é resultado de uma série de decisões tomadas pelos indivíduos pertencentes à população estudada. Análises mineralógicas, químicas e físicas nos esclarecem quais foram as escolhas das matérias-primas e das proporções entre elas, assim como a temperatura de queima atingida, a qual nos fornece orientações sobre os tipos de fornos edificados.
Estudos de campo para indicação da proveniência das matérias-primas auxiliam no esclarecimento de questões relativas a mobilidade e territorialização, contribuindo também na determinação de possíveis rotas comerciais.
Este trabalho está sendo realizado em parceria com o Departamento de Museologia, Conservação e Restauro, e Departamento de Antropologia e Arqueologia da Universidade Federal de Pelotas.
Investigação química e mineralógica de fragmentos cerâmicos arqueológicos de Cerritos do Pampa: um estudo para recuperação histórica e tecnológica – Patricia Marques Magon – Tese de Doutorado em andamento.
Fragmentos de cerâmica ajudam a compreender cotidiano dos povos pampeanos.
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Produção acadêmica
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