Por Karolina von Sydow
11 de Agosto de 2020
O incentivo à estratégias de conservação e uso sustentável do patrimônio geológico são ações essenciais para a manutenção da história geológica de um local.
Com o objetivo de fomentar estas práticas e preservar a memória científica do estado de São Paulo, foi finalizado, recentemente, um mapa que inclui geossítios com valor científico significativo divididos em 11 categorias geológicas. Acesse o mapa e formulário para indicação de novos geossítios aqui.
Com auxílio do Programa Ciência Sem Fronteiras (MEC/CAPES/CNPq), o projeto já inventariou 142 geossítios (confira matéria jornalística da FAPESP sobre a pesquisa). A segunda fase já está em tramitação e tem como objetivo atualizar as informações e divulgar os resultados para a comunidade científica.
“Esta é uma primeira etapa de um grande trabalho de diagnóstico em prol da valorização e proteção dos geossítios do estado de São Paulo, além de possibilitar a ampliação de pesquisas e divulgações geocientíficas futuras por universidades e instituições do Brasil. É o primeiro inventário na América Latina a seguir um método sistemático em escala estadual e com a participação da comunidade geocientífica” destacou a professora e coordenadora do projeto Maria da Glória Motta Garcia.
O mapa é fruto do projeto “Patrimônio geológico do estado de São Paulo: identificação, conservação e avaliação de geossítios de valor científico com relevância nacional e internacional” (Proc. 075/2012), que vigorou entre 2013 e 2015, vinculado ao Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (IGc / USP). O professor José Brilha, da Universidade do Minho (Portugal), participou do projeto como pesquisador especial, trazendo a sua experiência na coordenação do inventário português. Além disso, o projeto marcou a parceria com o setor privado, por meio da empresa Geodiversidade Soluções Geológicas Ltda.
“O objetivo é que, a partir da divulgação do mapa de inventário, os pesquisadores em geociências que trabalham na região proponham novos geossítios com base em seus estudos. Esperamos que as ações do estado voltadas à gestão territorial e ao planejamento urbano tenham como base os locais de interesse geológico, que podem ser utilizados também na promoção de atividades educativas e de geoturismo”, destaca a pesquisadora.
Participaram do projeto os pesquisadores das seguintes instituições brasileiras: Universidade de São Paulo (USP), Instituto Geológico (IG/SIMA/SP), Universidade de Campinas (UNICAMP), Universidade Estadual Paulista (UNESP), Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Confira a lista de categorias geológicas consideradas e respectivos pesquisadores responsáveis:
Áreas de atuação
Produção acadêmica
Divulgação científica